sábado, 30 de agosto de 2008

Não me cansarei, de procurar fazer justiça.

Se houve alguém que este Concelho de Loures mereceu ter como Presidente da Câmara, foi o Eng. Adão Barata. Em sua homenagem, procurarei aqui, fazer justiça à sua memória, ao seu empenho e ao seu trabalho, à sua honestidade, à sua competência.

Porque ao contrário do anátema que lhe lançaram para o derrotar eleitoralmente ou o apoucar politicamente, nunca foi um líder fraco. A sua fraqueza foi a generosidade, a infinita paciência, a sua crença nos homens, a sua devoção partidária.

Há homens, que tarde ou cedo, serão devidamente, justamente, apreciados e reconhecidos. Farei o que estiver ao meu alcance, para que com Adão Barata, tal ocorra mais cedo que tarde.

Até já, meu amigo!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Nelson Évora: resultado mais visível de uma política desportiva ?


Nelson Évora é, com todo o mérito, Medalha de Ouro Olímpica. Esforço, dedicação e talento seu. Visão, impulso e acompanhamento do Professor João Ganço. Como é evidente, chegar a campeão do mundo, chegar ao ouro olímpico não é para todos, de resto, é para bem poucos.

É sabido que são muitos os factores e as variáveis que produzem campeões, por isso tantos especialistas se debruçam sobre a temática, estudam, investigam, ensaiam, treinam as especialidades desportivas para descobrir fautores de resultados.

Atrevo-me, contudo, a afirmar que sem oportunidades de base, ninguém chega a campeão de coisa nenhuma.

Por isso, me interrogo em que medida não terá sido a política desportiva do Concelho de Loures (na época Loures ainda integrava as freguesias do actual Concelho de Odivelas) que proporcionou a oportunidade de se forjar um atleta da dimensão de Évora.

As notas biográficas que temos lido nos jornais, fazem referência a um (enigmático) Torneio de Loures, como ponto de partida das suas actividades competitivas no atletismo.

Importa esclarecer melhor que se está a falar de 3 iniciativas que se conjugavam na política desportiva municipal (não eram apenas estas, mas foi por estas que passou Nelson Évora): a Loures Atleta Jovem, o Troféu Corrida das Colectividades e o Centro de Treino de Atletismo (que o Município e a Escola Secundária da Ramada implementaram em conjunto, como muitos outros foram executados quer em escolas, quer em freguesias, quer mesmo em clubes do Município).

Os seus objectivos nunca chegaram a ser a "produção de futuros campeões", nem tal cabe aos municípios, mas do que já não se pode duvidar - creio - é que propiciar as oportunidades, conceder os primeiros apoios, viabilizar as prestações competitivas, num quadro de politica desportiva local coerente e integrada pode ter o maior valor desportivo e humano. Évora tem revelado estatura de campeão, para além da extensão dos seus magníficos saltos.

Quem não é campeão de certeza são aqueles que na actualidade, desprezam e procuram arrasar não só a política desportiva daqueles tempos, como tratam com desdém o empenho e as propostas técnicas para que se prossiga e faça evoluir a política desportiva que demonstra obter resultados.

Bem se percebe que para se manterem no poder querem fogo de vista imediato. Querem poder tirar retratos ao lado dos desportistas. Por essas razões, as suas apostas são superficiais. Em vez da formação, preferem contratar empresas - ou dar facilidades a grandes clubes - que tragam nomes sonantes das modalidades. Um verdadeiro fast-food desportivo.

Se não como se explicaria que o Estádio do Grupo Sportivo de Loures apesar de prometido, não nasça ? Como se explicaria que o estádio para o atletismo que estava previsto tenha sido morto e enterrado ? Como se explicaria que os apoios ao Desenvolvimento do Atletismo, do Basquetebol, do Voleibol, do Judo, do Xadrez, etc., etc., etc., não cresçam e bem pelo contrário ?

Aí está, o exemplo de Nelson Évora, para lhes mostrar que estão errados e que se calhar, Évora será um resultado mais visível, bem visível, de uma política desportiva certa no tempo certo.

Cabe-me por isso homenagear, alguns daqueles que fizeram essa aposta e que se sentirão uns, ou sentiria outro (se estivesse entre nós) gratificados pelo acerto das suas decisões e dos caminhos escolhidos: Severiano Falcão, Demétrio Alves, Adão Barata e António Marques Ribeiro e Paulo Piteira ao nível político. Ao Professor Carlos Luz e ao Técnico e ex-atleta Fernando Fernandes, bem como a todos os dirigentes, técnicos desportivos e professores das escolas e clubes que acreditaram, impulsionaram, apoiaram e souberam aproveitar a política desportiva municipal, durante muitos anos.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Rede de Bibliotecas Escolares

De vez em quando, ainda é possível descobrir indicações insuspeitas de quem fez o quê no Município de Loures. Agora, descobri no site municipal que não apagaram a referência ao facto de a candidatura ao Programa da Rede de Bibliotecas Escolares ter sido feito em 2001. É verdade, mas quem oiça o Presidente da Câmara ou leia o Boletim Municipal, nem vai suspeitar. Aí está a verdade, a que às vezes não conseguem furtar-se!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

A Recuperação das Linhas de Torres

Antes que alguém diga que a preocupação com uma intervenção intermunicipal nas Linhas de Torres é uma novidade, aqui se deixa um extracto do Protocolo de Colaboração assinado entre as Autarquias da região em 2001. A coisa ainda está no site da Câmara de Loures, mas estou em crer que por esquecimento.


"Protocolo de colaboração entre o Instituto Português do Património Arquitectónico e as câmaras municipais de Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira, para a Salvaguarda, Protecção e Valorização das Linhas de Torres


(...)4 - Considerando o valor histórico, artístico, arquitectónico e turístico das Linhas de Torres;
5 - Considerando o interesse conjunto das Câmaras Municipais de Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira em desenvolver um plano integrado de salvaguarda, conservação e valorização do património incluído nas Linhas de Torres;
6 - Considerando o papel cometido ao Instituto Português do Património Arquitectónico, enquanto organismo da Administração Central responsável pelo património arquitectónico, na política de recuperação e valorização do património nacional;
7 - Considerando a dimensão das áreas de protecção legalmente geradas pela necessidade em garantir a salvaguarda adequada aos diversos pólos patrimoniais existentes nos concelhos envolvidos, entre outros;
(...)
9 - Considerando a necessidade de definir uma política global e integrada que congregue os esforços visando a salvaguarda, recuperação e valorização das Linhas de Torres.
O Instituto Português do património Arquitectónico, adiante designado por IPPAR, aqui representado pelo seu Presidente, Dr. Luís Ferreira Calado e as Câmaras Municipais de Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira, adiante designadas genericamente por CM’s, aqui representadas pelos seus Presidentes, acordam livremente e firmam reciprocamente o presente Protocolo, onde se definem os modos de actuação e colaboração a curto, médio e longo prazos, e que se rege pelas cláusulas seguintes:
Cláusula 1.ªO IPPAR e as CM’s envolvidas no presente protocolo reconhecem que só através de um programa global, integrado e concertado se poderão atingir resultados eficazes e favoráveis visando a salvaguarda, recuperação e valorização das Linhas de Torres;
Cláusula 2.ªO presente protocolo tem como objectivo a salvaguarda, recuperação e valorização das Linhas de Torres através de acções concertadas e devidamente faseadas nomeadamente quanto a:salvaguarda do conjunto e dos sítios que o integram;recuperação do conjunto e dos sítios que o integram;apresentação pública dos sítios que vierem a ser seleccionados;criação de condições para a salvaguarda e requalificação urbana e paisagística nas áreas de implantação do conjunto e dos sítios que o integram.(...)

Dezembro de 2001"

quarta-feira, 8 de novembro de 2000

Homenagem de Loures ao Maestro António Saiote

CÂMARA MUNICIPAL
DELIBERAÇÕES
23ª Reunião Ordinária, realizada em 8 de Novembro de 2000

ACTIVIDADE SÓCIO-CULTURAL
PROPOSTA
Proposta de Homenagem ao Maestro António Saiote
apresentada pelo Vereador Sr. Rui Pinheiro


“...A Câmara Municipal de Loures tem vindo a homenagear cidadãos que ao longo dos tempos têm contribuído
para a promoção, prestígio e valorização do concelho e das suas gentes, isto é, aqueles que pela sua obra são parte integrante da nossa memória colectiva.
António Saiote, não obstante a sua juventude, é um desses valores e por isso, ao abrigo do Art.º 6º do Regulamento de Condecorações Municipais, foi-lhe atribuída a Medalha Municipal de Mérito e Dedicação em 1995.
Porém, o elevado nível nacional e internacional adquirido no campo musical por este filho da Cidade de Loures justifica uma homenagem específica por parte do Município de modo a que o seu exemplo constitua um incentivo para os mais jovens e simultaneamente um contributo para a divulgação da música.
Nestes termos propõe-se que a homenagem a levar a cabo se materialize num diversificado programa musical (António Saiote: Reencontros) em que o clarinete tenha papel de destaque e que culmine num concerto na Cidade de Loures com a participação da Orquestra Sinfónica Portuguesa dirigida pelo Maestro António Saiote.
Biografia
António Saiote - Maestro

Terminou o Curso do Conservatório de Lisboa com 20 valores, na classe de Marcos Romão. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris onde estudou com Guy Deplus e Jacques Lancelot. Em Munique foi-lhe concedido o Meisterdiplom da “Hochschule” com Gerd Starke. Estudou com Arturo Tamayo na Universidade de Alcalá de Henares onde se especializou em Direcção de Música do século XX. Fez também seminários com Georges Hurst e Robert Houlian. Foi laureado no concurso Novos Valores da Cultura. Foi solista e músico convidado de várias orquestras e grupos de câmara tanto nacionais como estrangeiros: Orquestra Mundial da Juventude, Sinfónica de Zurique, Teatro Nacional de S. Carlos, Rádio Baviera, Sinfónica de Xangai, Gulbenkian, RDP Lisboa e Porto, Quinteto Artziz, GMCL, Oficina Musical e Ensemble Português de Clarinete, do qual é director.
Já dirigiu a Orquestra Sinfónica Juvenil, Orquestra Invicta, Orquestra do Norte, Orquestra Clássica do Porto, Orquestra Sinfónica Portuguesa, ESMAE, Filarmónica das Beiras e Escola Profissional de Viana do Castelo. Dirigiu Masterclasses na Alemanha, Brasil, Polónia, França, China, Macau, Bélgica, Hungria, Índia e Espanha. Foi assistente da Orquestra Inter-Regional em Bad-Wuttemberg em 1992 e 1994 com o Maestro Nicolas Pasquet. Dirigiu também a Orquestra Sinfónica Portuguesa.
Foi presidente do júri nos concursos de Setúbal e Gaia, assim como membro de outros concursos nacionais e internacionais. Presidente do Prémio Valentino Bucchi em Roma (1992) e membro do júri dos concursos Oktav Poppa na Roménia (1993), Toulon (1997) e Sevilha (1998).
Trabalhou como assistente do Maestro Ivo Cruz nas óperas “Don Giovanni”, “Madame Butterfly”, “Barbeiro de Sevilha” e “Elixir do Amor”.
No ano de 1998 destacam-se as actuações (como solista) pela terceira vez nos Congresso Mundial do Texas e Festivais da Póvoa de Varzim, Figueira da Foz e Estoril.
Obteve excelentes críticas pelos concertos que dirigiu na Culturgest, Clarmeetoporto e Feira do Livro em Frankfurt e Festivais de Músicas Contemporâneas no C.C.B..
Em 1999 actuou como solista em vários concertos no Festival Mundial de Clarinete da Bélgica, Festival de Coimbra e Póvoa de Varzim.
Leccionou em Espanha, Alemanha, Chile e Argentina.
Dirige a Orquestra Sinfónica Portuguesa em mais de uma dezena de concertos. É Presidente da Associação Portuguesa de Clarinetes e Director Artístico dos Solistas do Porto. Dirige, neste momento, a licenciatura em Clarinete na ESMAE. É Maestro-Assistente na Orquestra Nacional do Porto e Maestro Titular da Orquestra Nacional de Sopros dos Templários....”
(Aprovada por unanimidade)